18.4.09

Viatodos

Feira da Isabelinha 2009
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Maior festa laica concelhia
Sessenta mil na Isabelinha
Quim Barreiros, Santamaria e Ricardo Azevedo encabeçaram no fim-de-semana pascal o cartaz da 102ª Feira da Isabelinha, a principal festa profana concelhia.

A iniciativa terá atraído a Viatodos cerca de 60.000 pessoas, segundo a comissão organizadora, que investiu 75 mil euros. O cardápio juntou ainda a leitura do Testamento do Judas, o festival folclórico (com grupos de Palme, Mogege e Trofa), o desfile dos Zés P’reiras de Barcelinhos e as Concertinas da Borga, exposições na EB2,3, fogo-de-artifício, carrosséis, mais de meia centena de stands de bugigangas (de minhotos a peruanos, de asiáticos a senegaleses), além de imensas actividades desportivas.

As ruas foram poucas para estacionar os carros perto do quilómetro de terreno da animação, entre o campo de futebol e a EN204, junto à pensão Isabelinha, onde antes afluíam mercadores e os carenciados recebiam amparo da dona, a imagem da simpatia que arrasta a turba. O concertinista brejeiro Quim Barreiros fez lotar o parque da escola básica, “viajando” da padaria à garagem da vizinha, do bacalhau à vaca louca e saiu depois da uma – se preciso fosse, até a tarraxinha faria a malta dançar.

A noite seguinte, domingo, foi para o cantor Ricardo Azevedo sonhar com o pequeno T2 e o grupo Santamaria – a soprar dez velas de vida, nove álbuns eurodance e 700 mil cópias vendidas – destilar pirotecnia, aeróbica sensual e hits como “Eu sei, tu és”, “Falésia do amor” ou “És demais”. A vocalista Filipa Lemos, 30 anos, está em boa forma. Quanto ao testamento, “Judas” pediu novo mandato à Junta local, um hotel, que o clube não caia de divisão, mais um ano a Maria do Carvalhal para os 100 e elogiou o professor Machado ou o sindicalista Carvalho da Silva. Nas barracas houve muitos a ver e poucos a comprar – sinal dos tempos.

Para a comissão promotora (sete homens), as expectativas foram “claramente cumpridas”, apesar da chuva de segunda-feira afastar algum povo. No final, só não se percebe como a Câmara de Barcelos deu “750 euros” à iniciativa, face à sua história, coerência, implantação e volume de visitantes. Se Isabelinha fosse santa ter-se-ia mais sorte?

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