18.11.10

Músicos portugueses com série no canal Biography

"Deolinda", Mafalda Veiga, João Pedro Pais, Ricardo Azevedo, "Anjos", "The Gift", David Fonseca e André Sardet. Em comum? Além da nacionalidade lusa, "a paixão pela música", como sublinha Rui Pinto de Almeida, co-autor de "Playlist", constituída por um leque de oito emissões semanais, cuja estreia está agendada para o domingo 5 de Dezembro, no canal Biography Channel.
O arranque da "tournée" televisiva estará a cargo "da Severa do século XXI que saiu do bairro e conquistou o mundo". Quem mais senão a banda a que Ana Bacalhau cede a voz? "Ficámos agradavelmente surpreendidos, até porque associamos uma biografia a carreiras mais longas", referem os "Deolinda".

Certo é que, num curto espaço de tempo, se tornaram num verdadeiro fenómeno no panorama musical português. Afinal, qual o ingrediente para o êxito? "O segredo, é não haver segredo. É a vontade de dar sempre mais e de respeitar a música", respondem.

E é essa capacidade de deslumbre constante, que se reinventa a cada canção que fazem ecoar, o aspecto que Rui Pinto de Almeida mais realça enquanto algo extensível a todos os contemplados de "Playlist", que segue lógica análoga à série "Protagonistas", lançada também no canal Bio.

"Há uma certa linha de continuidade, ainda que aqui nos tenhamos restringido a artistas musicais. A linguagem formal e estética dos programas é mais ritmada. Mas não deixamos de mostrar testemunhos de pessoas como as outras", elucida o ainda realizador do projecto, gizado em parceria com Alexandrina Pereira.
David Fonseca, "por ser, talvez com quem tenha lidado mais recentemente", foi o que mais o surpreendeu. "Pela sua sensibilidade. Pelo testemunho da importância do outro em nós, numa sociedade "pastilha elástica", em que quase tudo é descartável". Ao longo desta aventura documental iniciada em Março passado, episódios houve dignos de serem assinalados.

"Sugerimos ao Sérgio e ao Nélson Rosado gravar na Baía do Seixal, numa falua. Morando ali ao lado, não conheciam e ficaram encantados com o que têm mesmo à porta", conta Rui que lança um repto à comunicação social: "Formámos uma geração habituada a ouvir e a escrever em inglês, que, como tal, compõe em inglês, porque será?".

Por seu turno, a directora de Programação do Bio, Aurora Esteban, e confessa aficcionada de música, não poupa elogios aos talentos nacionais. "Com este projecto pretendemos reconhecer o seu mérito. Espero que possa haver uma segunda série", diz.

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